O meu retrato
Este era eu. Eram estes os medos que me assombravam em 2022. Este auto-retrato que fiz para a Dra Júlia Vinhas (da clínica Mentes Inquietas), onde era acompanhado, representa tudo aquilo que mais me incomodava, alguns ainda me continuam a incomodar.
Costuma-se dizer que a internet é uma terra sem lei, e expor a minha saúde mental na web talvez seja algo insensato. Mas e se com o meu testemunho conseguir ajudar alguém? Motivar alguém? Bem então já valeu a pena.
Felizmente, hoje em dia, acredito de uma forma geral em mim. Nem sempre foi assim, e foi algo que demorou a reerguer. Atualmente, acredito e sei que não é fraqueza admitir que tive e ainda tenho de lidar com problemas do meu foro psicológico.
As redes sociais estão cheias de vidas perfeitas, mas não são vidas reais. O ser humano não é perfeito, muito menos a sua saúde mental. Todos nós ao longo da vida experienciamos acontecimentos que nos deixam mais em baixo, e está tudo bem com isso. Temos é de reagir e de pedir ajuda. Não há que ter vergonha nisso.
Passei cerca de 5 anos da minha vida a ser acompanhado por psicólogos e psiquiatras devido ao meu diagnóstico de ansiedade crónica. Tive ataques de pânico que me levaram ao hospital. Tenho receio de conduzir. Entre outras patologias.
Ser diagnosticado com uma doença/patologia do foro psicológico não é nenhum atestado de invalidez. Hoje tenho um trabalho a full time na área que gosto, tirei o mestrado em Antropologia e uma pós-graduação em Marketing Digital durante estes 5 anos e tenho vindo a desenvolver uma marca própria, a Abelha 7 Trevos.
Houve choro? Sim, houve. Houve desespero e vontade de desistir? Sim houve. Mas desde de cedo poder partilhar com a família e com profissionais o meu estado, ajudou-me a nunca desistir.
Nesta nova vertente, da Abelha 7 Trevos, queremos realçar a importância da saúde mental e incentivar a que peças ajuda a amigos, familiares, profissionais…não tenhas medo nem vergonha.
Aqui fica o meu testemunho,
Abraço a todos